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2 postagens marcadas com "autodefesa"

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ABAIXO O ESTADO GENOCIDA DE ISRAEL E SEU APARTHEID

DEFENDER O POVO PALESTINO É ANTIFASCISMO.

A AFA Rio manifesta-se publicamente em solidariedade aos povos palestinos e a todos que sofrem as mazelas das tragédias provocadas pelas ações do estado genocida, colonialista, racista e supremacista de Israel. Da mesma forma, expressamos nossa solidariedade pelas vítimas dos ataques do Hamas. Não caímos, nos espantalhos do antisemitismo e terrorismo propagados pela extrema direita reacionária e fundamentalista. Acreditamos que a solução para o conflito não reside na diplomacia estatal muito menos na guerra das elites. Entendemos que a ação do Hamas se insere num contexto de sufocamento e extermínio do povo palestino por parte do Estado de Israel, que transformou a Faixa de Gaza em um campo de concentração moderno nos últimos 20 anos entretanto não concordamos com os métodos utilizados pelos Hamas. Estão equivocados aqueles que acreditam que o projeto do Hamas representa a libertação do povo palestino, assim como os que limitam toda a resistência palestina às ações desta organização. É fundamental reconhecer o papel desempenhado pelo Hamas na desarticulação da luta pela libertação palestina, uma organização aliada ao fundamentalismo islâmico, frequentemente usada como bode expiatório por forças imperialistas e pelo Estado genocida de Israel. Também é fundamental entender a assimetria de forças presente, enquanto grande parte dos governos coloniais foi esmagada pelas lutas de libertação, a décadas o povo palestino vive a agonia da tragédia de ser colonizado cada vez mais e mais, sofrendo todo o tipo de violação aos direitos humanos sem qualquer resposta da chamada "comunidade internacional". Como se classifica a reação de um Estado com tecnologia de ponta em armamentos, com um exército poderoso e numeroso, bombardear dia e noite todos os dias cidades apinhadas de gente, uma população que não tem o seu reconhecimento como povo livre e independente. Genocídio? Limpeza étnica? Muitos defendem a reação do Estado sionista de Israel, apesar da desproporção de forças, como legítimas, colocando nesse balaio falacioso todo povo palestino, como se fosse composto de terroristas e apoiadores do Hamas. Não se tem outro nome para a barbárie do Sionismo, que não seja limpeza étnica e morte a todos os palestinos. Na guerra que está posta o povo é apenas uma peça no jogo dos poderosos. O confronto presente não é uma luta pela liberdade, mas um massacre apoiado por interesses burgueses ocidentais. O povo palestino, que sofre há mais de 70 anos sob uma agenda que busca negar sua existência, encontra-se novamente em uma encruzilhada. Para nós a saída se encontra não pelo Estado como a maioria busca apontar mas sim pelo internacionalismo, pela solidariedade entre os povos e pela revolução social. Assim como os companheiros da UNIÃO DE COMUNIDADES DO CURDISTÃO (KCK), acreditamos que a mentalidade estatista é a raiz dos problemas enfrentados pela sociedade e pela humanidade. Da história aos dias atuais, à medida que a mentalidade estatista se desenvolveu, os problemas aumentaram. Portanto se faz necessária e urgente a solidariedade internacional e uma posição em defesa dos povos palestinos e de sua autodeterminação. Pela abolição de todas as fronteiras e pela revolução social!

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O PL 2903/2023, conhecido como PL do Marco Temporal, é uma grave violação dos direitos dos povos indígenas, que estão em constante luta contra o Estado Colonial Brasileiro, o agronegócio e os invasores de terras. O governo do Partido dos Trabalhadores (PT), que se diz defensor das classes populares, deveria vetar integralmente o projeto, que é inconstitucional desde a sua origem, pois contraria o julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF) no Recurso Extraordinário (RE) 1017365, com repercussão geral (Tema 1.031), em 21 de setembro de 2023, que estabeleceu que a data da promulgação da Constituição Federal (5/10/1988) não pode ser usada para limitar a ocupação tradicional das terras indígenas. O referido PL é um desrespeito à decisão do STF e, mais do que isso, é um atentado à vida e à dignidade dos povos indígenas que habitam este território e que sofrem com a invasão, o saque e a exploração de suas terras desde a colonização portuguesa em 1500.

Entendemos o veto parcial como não suficiente e um ataque direto as populações indígenas, um dos artigos diz que o usufruto dos indígenas não está acima de interesses de defesa e soberania nacional. Ou seja: permite que terras indígenas sejam invadidas e que projetos sejam realizados nelas em nome do tal interesse nacional. Vetar o projeto parcialmente ou vetá-lo totalmente para depois negociar com a Bancada Ruralista um "meio-termo" é uma hipocrisia, que não nos espanta, pois foi o próprio governo de Lula e do PT que em 2010 ignorou o movimento indígena e ambientalista para realizar uma obra planejada pela Ditadura Civil-Militar (1964-1989) e que causou danos irreversíveis ao meio ambiente e aos modos de vida tradicionais dos povos indígenas ligados ao Rio Xingu. Essa é uma batalha que não admite "meios-termos". Vetar parcialmente o PL ou articular para aprovação de um projeto para regulamentar o voto do Ministro do STF Alexandre de Morais que prevê a indenização de fazendeiros e grileiros que irão “perder suas terras” para reservas indígenas, como foi denunciado pelos movimentos indígenas, poderá comprometer novas demarcações, mas não só isso, incluir neste projeto de regulamentação trechos do PL2903 é simplesmente legitimar a invasão e a exploração de terras indígenas, expor povos isolados ao perigo e, por fim, tornar política de Estado o projeto colonial de genocídio indígena. A AFA-RJ apoia e se solidariza com a luta dos povos indígenas pela demarcação de seus territórios tradicionais e desde já se manifesta contra o veto parcial e qualquer articulação desse governo de conciliação de classes que possa colocar em risco futuras demarcações, os modos tradicionais e a vida dos povos indígenas deste território. Pelo direito dos povos indígenas de ocuparem e defenderem seus territórios tradicionais, sua autodeterminação e pela abolição do Estado Colonial Brasileiro!