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Uma postagem marcadas com "queimadas"

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· Leitura de 2 minutos

As queimadas no Brasil não podem ser entendidas apenas como um fenômeno climático, natural ou acidental, mas como resultado do avanço de um sistema de destruição planetária que prioriza apenas o lucro de poucos em detrimento do sofrimento de muitos, o capitalismo. É evidente que os poderosos através do agronegócio atuam como os principais agentes dessa devastação que estamos presenciando, agora, com sua mais nova versão, o agrofascismo, reflexo direto da decadência da democracia liberal capitalista e da escalada global do ultraliberalismo e do fascismo no mundo. O agrofascismo tem como objetivo principal eliminar a imensa diversidade biológica, étnica e sociocultural existente no território dominado pelo estado brasileiro, ele combate ferozmente todos àqueles que não se adaptam nos padrões sociais da cultura branca ocidental, não é a toa que seus principais alvos são indígenas e suas terras e florestas.

Esperar uma resposta a altura de um Estado que, historicamente, foi e continua sendo ferramenta desses grupos, de um congresso com políticos que quando não são simples fantoches do agronegócio, vide a bancada BBB(Boi, Bala e Biblía), agem sob pressão de grandes grupos econômicos, entregam diversos incentivos fiscais e produzem políticas que facilitam a ocupação e o uso de terras, muitas vezes em áreas protegidas ou de preservação ambiental, é inútil, é preciso lembrar sempre que a história do território dominado pelo Estado brasileiro, é caracterizada por genocídios, saques e violações por diversas mãos imperialistas e poderosos grupos econômicos, tanto locais como transcontinentais, que pertencem à mesma maquinaria de exploração e saque que está nesse momento queimando florestas por todo país.

Mais uma vez, repetimos, é preciso romper com as soluções institucionais baratas que nada fazem além de mitigar a crise permanente, é preciso romper com o imobilismo e agir, construir por nós mesmos as alternativas autônomas contra a devastação climática, apostar na autodefesa popular, na ocupação de terras, no ataque direto contra os agentes da destruição, potencializar nossas comunidades, construir grupos de apoio e de ações que passam pela luta dos movimentos sociais pela terra, chega de escutar políticos, é preciso escutar os povos indígenas em luta por autonomia, que resistem a mais de 500 anos de opressão colonial e destruição do meio ambiente, não existe saída para crise climática se não na luta popular autônoma, pela defesa da terra e pela destruição completa desse sistema e desse modo de vida ecocída